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Câmera de Energia Escura captura milhares de galáxias em imagem impressionante

O Aglomerado Antlia está localizado a cerca de 130 milhões de anos-luz da Terra.


Notícia

Por Victoria Corless

Traduzido por Marco Centurion


Astrônomos capturaram uma nova imagem deslumbrante de milhares de galáxias, graças à Câmera de Energia Escura (Dark Energy Camera - DECam) montada no Telescópio Víctor M. Blanco de 4 metros, da Fundação Nacional de Ciência dos EUA, localizado no Observatório Interamericano de Cerro Tololo, no Chile.


Focada no Aglomerado Antlia, uma densa concentração de galáxias dentro do Superaglomerado de Hidra-Centauro, localizado a aproximadamente 130 milhões de anos-luz da Terra — a imagem captura apenas uma pequena parte das 230 galáxias que compõem o aglomerado. Ela revela uma variedade diversificada de tipos de galáxias, além de milhares de galáxias de fundo.


A DECam foi originalmente construída para o levantamento conhecido como Dark Energy Survey (DES), uma colaboração internacional que começou em 2013 e concluiu suas observações em 2019. Durante o levantamento, cientistas mapearam centenas de milhões de galáxias em um esforço para entender a natureza da energia escura, uma força misteriosa que se acredita impulsionar a expansão acelerada do universo. Essa aceleração desafia as previsões feitas pela teoria da relatividade geral de Albert Einstein, tornando a energia escura um dos maiores mistérios da cosmologia moderna.


Enquanto isso, a matéria escura refere-se à substância misteriosa e invisível que parece manter as galáxias unidas, representando outro grande enigma que os cientistas ainda tentam desvendar completamente.



Imagem da DECam do Aglomerado Antlia. (Crédito da imagem: Dark Energy Survey/DOE/FNAL/DECam/CTIO/NOIRLab/NSF/AURA. Processamento de imagem: R. Colombari & M. Zamani (NSF NOIRLab))

Observações feitas de aglomerados de galáxias já ajudaram cientistas a desvendar alguns dos processos que impulsionam a evolução das galáxias, enquanto procuram pistas sobre a história do nosso universo. Nesse sentido, aglomerados de galáxias atuam como "laboratórios cósmicos", onde a influência gravitacional da matéria escura e a expansão cósmica impulsionada pela energia escura podem ser estudadas em escalas incrivelmente grandes.


Aglomerados de galáxias, como o Aglomerado Antlia, são áreas privilegiadas para buscar pistas sobre a matéria escura, em particular, porque, embora esses aglomerados contenham centenas de milhares de galáxias, elas representam apenas cerca de 5% da massa total do aglomerado. Estima-se que 80% dessa massa seja composta por matéria escura invisível, cuja gravidade mantém toda a estrutura unida.


Graças ao seu grande tamanho e excepcional sensibilidade, a DECam forneceu aos astrônomos informações sem precedentes sobre essas regiões do espaço. Isso inclui observações detalhadas do plasma superaquecido que preenche o espaço entre as galáxias, conhecido como meio intra-aglomerado, e a luz tênue emitida por um remanescente de supernova próximo.


À medida que os astrônomos continuam a analisar os ricos dados fornecidos pela DECam, imagens como a do Aglomerado Antlia oferecem mais do que apenas visuais impressionantes. Elas servem como janelas para as forças fundamentais que moldam o nosso universo. Estudando o equilíbrio intrincado entre matéria escura e energia escura dentro dessas estruturas colossais, os cientistas se aproximam cada vez mais de compreender os mecanismos misteriosos que impulsionam a evolução cósmica.



Artigo original encontrado em space.com  (originalmente publicado em 06/01/2025)

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