Humanidade poderá em breve tocar o núcleo do planeta!
- marcocenturion
- 20 de jul. de 2024
- 2 min de leitura
Os asteroides desempenham um papel muito importante na ciência, embora muitos esqueçam disso. Provaremos isso em apenas alguns minutos.
Notícia
Conteúdo original da agência russa Dzen
Traduzido por Marco Centurion
Em fevereiro de 2015, como parte de uma competição para o programa Discovery da NASA, uma das propostas foi uma missão para estudar o asteroide 16 Psique. Uma sonda foi lançada pelo foguete Falcon Heavy, em 13 de outubro de 2023 e deverá chegar ao seu destino em 2029. O asteroide 16 Psique não é apenas um dos maiores no Cinturão Principal, mas também o mais denso. Mas o que isso significa?

Os cientistas acreditam que este asteroide quase completamente composto de ferro, com cerca de 252 km de diâmetro, pode ser o núcleo exposto de um protoplaneta do tamanho de Marte, formado nas fases iniciais do Sistema Solar, que foi destruído após uma série de colisões, dando lugar aos planetas que conhecemos hoje.
E se o seu núcleo for como o de Theia?
Nosso planeta guarda muitos mistérios, incluindo grandes aglomerados de rochas densas escondidas profundamente no manto sob a África e o Oceano Pacífico, as chamadas "grandes províncias de baixa velocidade de cisalhamento" (Large low-shear-velocity provinces, LLSVP). Essas anomalias são tão massivas que afetam o campo magnético da Terra, representando 8% do volume do manto ou 6% do volume total da Terra.

Os especialistas têm várias teorias sobre a origem dessas LLSVPs, mas há poucas evidências para cada uma delas, pois é difícil estudar essas áreas. Uma teoria bastante convincente, derivada de modelagem, sugere que as LLSVPs podem ter se formado devido ao impacto de Theia, um planeta hipotético do tamanho de Marte, o que provavelmente resultou na formação da Lua.
Pensem na importância dos dados se 16 Psique tiver o núcleo como o de Theia, um planeta que agora faz parte do nosso mundo!
Além disso, a singularidade deste asteroide é difícil de ser subestimada: não podemos estudar diretamente o núcleo da Terra, mas podemos comparar dados conhecidos com o que aprenderemos sobre o núcleo de outro planeta. Este núcleo está congelado desde sua formação há bilhões de anos, então estamos literalmente tocando o passado em busca de respostas sobre a evolução do Sistema Solar como um todo e, especificamente, de nosso planeta!

Ao estudar o asteroide 16 Psique, poderemos responder a muitas perguntas: é este asteroide o núcleo exposto de um planeta ou formou-se como um corpo rico em ferro? Como eram as partes dos planetas antes de se fundirem durante a formação? E se for um núcleo que perdeu seu manto, quando e como isso aconteceu? Ele solidificou de dentro para fora ou de fora para dentro, entre outras indagações..
Em suma, é difícil discordar de que esta é uma das missões mais importantes para estudar o Sistema Solar. O que você acha?
Artigo encontrado em dzen.ru (originalmente publicado em 14/07/2024)
Link para acesso ao original: https://dzen.ru/a/ZpPEKREHFxYghIBq
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